Piracema: proibição de pesca predatória na Bacia do Rio Mucuri começa na sexta-feira 1º de novembro

O defeso da piracema, período de restrição à pesca de espécies nativas para preservar a reprodução, começa nesta sexta-feira (1º/11). O ciclo vai até 28 de fevereiro de 2025, e será marcado por diversas forças-tarefas de fiscalização organizadas pelo Batalhão de Polícia Militar do Meio Ambiente em Nanuque e Região.

A restrição de pesca é determinada pelo órgão ambiental há quase duas décadas, em cumprimento à Instrução Normativa nº 25/2009 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Para os trabalhadores que sobrevivem da pesca, o Governo Federal paga uma espécie de seguro defeso, onde os pescadores de subsistência recebem o equivalente a 01 salário mínimo, até o término do período, que vai até meados do mês de fevereiro do ano subsequente.

Considerando o comportamento migratório e de reprodução das espécies nativas, nesta região, a pesca é proibida na bacia hidrográfica do Rio Mucurí, que compreende o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.

Entre as espécies protegidas no período, estão o bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva. Não entram na restrição peixes considerados exóticos, que foram introduzidos no meio ambiente pelo homem, como bagre-africano, apaiari, black-bass, carpa, corvina, peixe-rei, sardinha-de-água-doce, piranha-preta, tilápia, tucunaré e zoiudo. Também não entram espécies híbridas, que são organismos resultantes do cruzamento de duas espécies.

Sobre o caso, nós conversamos com o policial militar ambiental Jessé Resplandes em 2023, naquela época ele explicou com é realizado essa tratativa.