PM morto: associação vai pagar R$ 5 mil para quem fornecer informações sobre suspeito
A Associação das Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Espírito Santo (Aspra-ES) vai pegar recompensa de R$ 5 mil a quem fornecer informações que ajudem a encontrar o suspeito de ter matado o sargento da PM Magno Colatti, em Mucuri, Cariacica.
Marcelo Wesley Alves da Silva, conhecido como Pitchula, seria o autor dos disparos. O crime aconteceu na quarta-feira (05).
A informação da recompensa foi confirmada pelo presidente da Associação das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar do Espírito Santo (Aspra), Cabo Eugênio, em entrevista ao Folha Vitória.
“Estamos oferecendo, a princípio, R$ 5 mil para quem der informação sobre o criminoso para que justiça seja feita. Não descartamos a possibilidade de aumentar a recompensa para que a gente coloque a mão nesse criminoso. Vamos trazer ele vivo ou morto. A recomendação é de caçar esse bandido no estado e no Brasil”, disse ele.
O sargento era lotado no 6º Batalhão da Serra e foi ao bairro para visitar familiares e fazer a limpeza de um lote. Enquanto passava por uma das ruas, ele e o primo foram abordados por um homem, que questionou o que eles estavam fazendo no local.
Houve um princípio de discussão, momento em que Magno se identificou como policial. Logo depois, outro indivíduo chegou em uma moto e efetuou diversos disparos contra o sargento.
De acordo com a associação, ele foi atingido na virilha, abdômen, costela, mamilo esquerdo e duas vezes nas costas.
“A sociedade tem que entender que quando o policial é morto, a última barreira entre a ordem e o caos começa a ruir. Situações como esta mostram a ousadia do crime organizado contra o estado. As autoridades precisam tomar atitudes mais graves”, protestou Cabo Eugênio.
Além disso, a associação informou que está prestando suporte à família do policial e, por enquanto, não há informações sobre velório ou sepultamento.
Por nota, a Polícia Militar informou que, assim como as demais forças de segurança do Estado, não oferece recompensa em troca de informações. A recompensa oferecida seria de responsabilidade da Aspra.
“Se tiver inteligência, ele vai se entregar”, diz secretário sobre suspeito de matar PM
Em entrevista ao ES no Ar, da TV Vitória/Record, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas, disse que o suspeito está há muito tempo envolvido com a criminalidade. Marcelo teria ligação com o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.
“Se ele tiver um pingo de inteligência, além de maldade no coração, ele vai se entregar. Porque, caso contrário, vamos buscá-lo leve o tempo que for necessário e em qualquer lugar que seja“, afirmou.
Tanto as equipes da Polícia Militar quanto as da Polícia Civil, segundo o secretário, estão empenhadas em localizar e prender o suspeito do crime.
“É uma prioridade absoluta. A Polícia Civil está completamente engajada na investigação e na localização do suspeito e a Polícia Militar não sairá do bairro enquanto a gente não pegar o responsável. Custe o tempo que custar para pegar esse indivíduo e elucidar completamente todas as circunstâncias desse crime bárbaro e covarde contra um policial militar, contra o Estado. Quando um policial é atacado, é o Estado que está sendo atacado e não vamos tolerar isso“, afirmou Ricas.
O secretário explicou que a polícia trabalha com duas hipóteses sobre como o crime ocorreu. Uma delas é que ele teria sido reconhecido como policial por traficantes da região.
Há ainda outra hipótese apurada, de que o sargento e um familiar teriam ido até um posto de gasolina comprar combustível para um equipamento e teriam sido advertidos por traficantes por andar em alta velocidade.
Segundo as primeiras informações, teria ocorrido uma discussão entre o policial e traficantes da região, que então teriam chamado o suspeito de atirar no policial.
O sergento foi baleado cinco vezes. Ele chegou a ser levado para uma unidade de pronto atendimento da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A corporação reforça, ainda, que qualquer cidadão pode contribuir de forma anônima com informações, por meio do Disque Denúncia 181.
Fonte: Folha de Vitória