O ex-policial penal investigado por matar a própria esposa após uma discussão por conta da temperatura do ar-condicionado em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso nesta sexta-feira (3), dois dias após a Justiça aceitar a denúncia contra ele e transformá-lo em réu por feminicídio por conta da morte da companheira, Jussara Ferreira de Almeida Cabral, de 53 anos, morta a tiros em novembro de 2023.
O mandado de prisão em desfavor de Cláudio Augustinho Cabral foi expedido na terça-feira (30), no mesmo dia em que a denúncia contra o ex-policial penal foi aceita. Segundo informações, Cláudio foi até uma delegacia de Polícia Civil sem saber que era alvo de um mandado de prisão e, com isso, acabou sendo detido.
A denúncia foi aceita por Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva, juíza da 2ª Vara Criminal e de Violência Doméstica e Familiar de Santa Luzia. Segundo a perícia da Polícia Civil, na época dos fatos, Cláudio e Jussara estavam deitados no quarto quando a mulher, ainda deitada, pegou a arma de fogo do marido e deu um tiro na direção dele, atingindo o braço esquerdo do homem. Cláudio entrou em luta corporal com a esposa e, durante a confusão, um disparo acidental foi dado.
Pouco depois, o homem conseguiu tomar a arma da mulher e fez um disparo, atingindo o tórax da mulher que caiu na cama e morreu na sequência. Após o disparo, Cláudio teria colocado a arma em um armário e permanecido no quarto por algum tempo até sair. A perícia também encontrou uma mancha escura nas mãos da vítima, o que indica que a mulher teria colocado as mãos no cano da arma no momento do disparo, descartando a possibilidade de que ela tenha pego a arma do marido entre o primeiro disparo e o tiro fatal.
O pedido de prisão foi justificado por vários motivos, incluindo o ‘modus operandi’ do suspeito e o ‘histórico de violência, ameaças, opressão e manipulação’ contra a esposa, que teria sido afastada da própria família pelo suspeito.
Fonte: Rádio Itatiaia